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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Governador Dix-Sept Rosado


A Prefeitura de Governador Dix-sept Rosado reuniu no dia de ontem, produtores de cal, classe política, representantes de órgãos federais e estaduais e a população, durante uma audiência pública na Câmara Municipal, onde deram o primeiro passo para criar em Governador Dix-sept Rosado um polo industrial de produção de cal, legalizado e com todos os benefícios e incentivos fiscais oferecidos pelas instituições de governo.
A prefeita Lanice Ferreira assinou ontem com a empresa Florescer Projetos Ltda. o contrato para instituir o primeiro plano de manejo florestal do município, que precisa de outros três, para atender a demanda de consumo nos 75 fornos existentes. Ontem, também foi dado o primeiro passo para legalizar a extração de rocha calcária.
Durante a audiência pública, que a Prefeitura chamou de 1º Seminário sobre a Indústria de Cal, o coordenador regional do Ministério do Meio Ambiente, engenheiro florestal Nilton Barcellos, disse que o Ibama não quer acabar com a indústria da cal, da cerâmica, impedir o funcionamento de padarias e restaurantes que usam lenha, mas buscar o uso desses recursos energéticos de forma renovável e legalizada. "É possível e fácil", declarou Barcellos.
Francisco Linduarte, que é mestre em desenvolvimento e meio ambiente e gerente regional do Ibama, disse que "a caatinga se recupera fácil. Mas quem corta uma mata, a legislação brasileira é severa. Terá que recuperar a área danificada e plantar outra em outro lugar de igual tamanho. Ou faz isso ou sofre punições legais perante a Justiça Federal".



Segundo Paulo Sidney, superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), até o fim do ano serão assinados os contratos para instalar nos assentamentos de Governador Dix-sept Rosado outros três planos de manejo para atender a toda a demanda necessária. "Esse projeto pioneiro é muito bom para o pequeno agricultor, que mora nos assentamentos, pois ele pode vender os créditos ambientais, a lenha e ainda produzir criação de gado ou plantar em regime de sequeiro ou irrigado", explicou.
Sobre a possibilidade de retirar os fornos da área urbana para um local adequado (um polo industrial de cal), o engenheiro florestal Otacílio Carvalho, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, disse que é preciso pensar também na questão da extração das jazidas de rochas na região, que está sendo feita sem a devida autorização legal.
Acrescentou que, no entanto, é preciso primeiro percorrer um longo caminho para legalizar a extração de lenha e rocha, humanizar o trabalho nos fornos, organizar a cadeia produtiva. Para tanto, é imprescindível o empenho da classe política.

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